quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Resenha: Orgulho e Preconceito


Autora: Jane Austen
Páginas: 302
Editora: Martin Claret
Ano de publicação: 2009 (essa edição)


Sinopse:

Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.


Orgulho e Preconceito merece toda a fama que tem. É um livro maravilhoso, em toda sua gloria, que nos encanta e merece o titulo de imortal. Narra a vida cotidiana de pessoas comuns do século XVIII, mais especificamente a história de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy, geralmente chamado apenas de Mr. Darcy. Mr. Darcy chega à cidade de Meryton, em Hertfordshire (Inglaterra), onde não é bem visto pela sociedade local, mesmo sendo dono de uma enorme fortuna, pois ele é arrogante e orgulhoso, e nas poucas vezes que está em público não se socializa, apenas fica quieto no seu canto, sendo muitas das vezes polido, e até mesmo grosso, o que para a sociedade da época é um crime enorme. Inclusive ofende, e muito, Elizabeth ao dizer num baile que ela não o tentava o suficiente para dançar com ela. Com o orgulho ferido, Lizzy somente enxerga em Mr. Darcy alguém extremamente ruim. Principalmente depois de conhecer George Wickham, e este dizer grandes mentiras sobre Mr. Darcy, mas com tudo que Darcy havia feito, até mesmo eu (que costumo ser desconfiada) teria acreditado nas mentiras do belo Wickham. Mas ao decorrer do livro a verdade vem à tona, o que costuma constranger bastante a protagonista, que está determinada a se afastar. Seu afastamento dura pouco, pois o destino trata de promover encontros entre ambos. Nesses encontros, Lizzy conhece cada vez mais o verdadeiro caráter de Darcy, e quando percebe está totalmente apaixonada, e cá entre nós, se fosse eu no lugar dela, aposto que também teria me apaixonado. Mas Lizzy tem ainda dúvidas sobre os sentimentos de Darcy, por isso prefere não dizer nada. Até que um dia ela o agradece por ter salvado sua família (não vou dizer o que ele fez, por que não quero soltar um spoiler, digo apenas que ele ajudou num assunto referente a desmiolada da irmã mais nova de Lizzy, Lídia), durante a conversa ele diz que fez tudo o que fez pensando no bem da Lizzy, e foi nesse ponto que me apaixonei totalmente por ele. E é a partir desse ponto que o “felizes para sempre” se torna nítido, porque antes disso, se você nunca ouviu falar da historia de amor desses personagens (coisa bastante difícil, porque tanto outros autores como o cinema varias vezes faz menção ao amor entre eles), fica na duvida se eles realmente vão ficar juntos, pois houve mais desencontros do que encontros entre Lizzy e Darcy.

 "Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe eu a admiro e amo ardentemente."


 Acredito que “Orgulho e Preconceito” é tão bem visto até hoje, mais de duzentos anos depois de seu lançamento, pelo fato de contar uma historia de amor que realmente pode acontecer, e não aquela típica história que nós leitoras estamos acostumados, onde o mocinho conhece a mocinha, um dos dois é rico o outro é pobre, eles se apaixonam, estão felizes, mas então alguém os separa (ou a idiotice de um deles, ou de ambos), e eles passam o livro todo entre idas e vindas, para então no finalzinho do livro ficarem juntos e viverem felizes para sempre (calma, eu gosto desse tipo de livro,  inclusive meu livro preferido é “Um Conto de Fadas”, dá para perceber pelo título que é exatamente o que falei). Não é esse tipo de história, está certo que Darcy é bem mais rico que Lizzy, e eles vencem o preconceito da sociedade (e o de Darcy) para terem o seu felizes para sempre. Não existe vilão em “Orgulho e Preconceito”, os vilões são justamente o orgulho e o preconceito dos protagonistas, mas tenho certeza que eles são tão amados até hoje por seu orgulho e preconceito, e por causa de seus gêneros tão diferentes e tão iguais. Lizzy e Darcy são pessoas fictícias de séculos atrás, que podem perfeitamente ser alguém desse século, pois é essa a pegada da historia, contar o cotidiano de pessoas comuns, que com diferenças das roupas e do modo de falar, pode ser perfeitamente você, eu, sua irmã, seu vizinho, enfim pode ser qualquer um, em qualquer época!

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